Grita Liberdade

"Não há lei mais injusta do que a lei da força"

quinta-feira, setembro 25, 2008

Fraude no acesso ao ensino superior

Desde 3 de Setembro, antes das colocações dos alunos nas Universidades, que o Ministério sabia que os certificados de equivalência ao 12º ano relativos a alguns alunos com currículos estrangeiros foram calculados de forma ilegal.
E o que fez o ministério liderado por Mariano Gago?
Fez saber que "aceita como válidos todos os documentos (...) devidamente autenticados pelas entidades emissora que têm competência para tal". Dá para acreditar? Então sabe que se está perante uma fraude e não manda investigar com celeridade a fraude? E quem passou tais certificados vai continuar impune? Pelos vistos vai...
Convém lembrar que este ano, na Universidade do Porto, entraram em Educação Física, por erros dos serviços, vários alunos que não tinham média para tal. E qual foi a solução encontrada pelo ministério? Deixar estar esses alunos na universidade (sem notas que o justificasse) e colocar nessa mesma Universidade aqueles que se queixaram...Brilhante! Alguém pensou na quantidade de alunos que foram prejudicados, indo parar a "cascos de rolha" enquanto outros ficaram, sem mérito, no Porto? Alguém pensou que alunos com notas superiores aqueles que por "engano" entraram no Porto ficaram sem colocação? E os funcionários responsáveis pelo erro foram castigados? Claro que não.

quarta-feira, setembro 24, 2008

O magalhães e as novas oportunidades

Vendo bem as coisas, só os distraídos podiam pensar que o choque tecnológico não ia chegar às criancinhas do 1º ano do 1º ciclo. Então não sabem que há estatísticas que é preciso combater?
Não temos já as novas oportunidades que, entre três e seis meses, conseguem transformar um analfabeto num letrado com o 12º ano? E mais, os mestres não são professores. São excelentes profissionais (desempregados, na maioria com "cartão", e sem qualificação para o ensino), colocados pelos centros de formação que, por sua vez, também, já em tempos, alguém colocou na sua chefia uma (muitas) pessoas da sua confiança.
Não é com este truque que o nosso primeiro ministro, numa ofensa clara aos professores, diz que aumentou o número de alunos, diminuiu o número de professores e aumentou o sucesso?
Quem se preocupa que estejamos a destruir o ensino, dando o 12º ano, repito, entre três e seis meses, a autênticos analfabetos, incentivando os jovens desprotegidos (irmãos daqueles a quem vão oferecer o Magalhães - os outros pagam entre 25 e 50 euros)que frequentam o ensino oficial a não estudar pois, mais tarde,oferece-se o 12º ano, com a possibilidade de frequentar a Universidade nos maiores de 23 anos?
Não podemos tapar os olhos com a peneira. No 1º ano não sabem ler, logo não vão "viajar" pelo mundo através da internet. Duvido mesmo que no final do 1º ciclo estejam capacitados para tal. Mas essa não é a principal razão para combater o novo riquísmo do governo. São as prioridades. São a irresponsabilidade de quem não percebe que estando o País de tanga não podemos fazer de conta que todas as famílias vão poder ter um computador e pagar o acesso à internet.
Obviamente que todos pensamos que seria óptimo toda a gente ter um computador. Mas não seria também justo que todas as pessoas, em especial as criancinhas, pudessem passar férias, viajando por esse mundo fora? Não seria justo todas pessoas terem um carro? Não seria justo todas as criancinhas terem uma salinha, lá em casa, onde pudessem estudar? Não seria justo e mais importante, que todas as aldeias tivessem saneamento básico? Claro que seria. Mas também, em consciência, todos sabemos que isso é impossível.
O Magalhães é importante. Mas não é prioritário. Para Montalegre e para quase todo o País era, por exemplo, bem mais importante fortalecer a rede de distribuição do serviço de internet. As placas da internet móvel que acompanham os computadores do programa e-escola transformam estes em autenticas malhadeiras.
A terminar, convém não esquecer que uma grande parte das pessoas que vão desembolsar os 50 euros pelo Magalhães já possuem em casa computador portátil, dos outros ou mesmo dos dois. O Magalhães vai ter de ser comprado para satisfazer os desejos dos filhos. Um gasto desnecessário...

terça-feira, setembro 23, 2008

Sentimento de esquerda

O crédito mal parado, em relação à habitação, subiu este ano 24%. São mais 24% de famílias que, relativamente ao ano anterior, estão em risco de tudo perder. Mas convém referir que não estamos a falar daquelas pessoas que deixaram de pagar ao banco o empréstimo relativo à aquisição do novo modelo de telemóvel ou das calças de marca com que sonharam mas que afinal não podiam pagar. Estamos a falar de pessoas que já não conseguem pagar a prestação relativa à aquisição da casa. E, todos o sabemos, quem deixa de pagar a prestação da casa,já não tem dinheiro para pagar mais nada.

E o que faz o governo para ajudar estas pessoas?

Prepara-se para distribuir aos alunos do 1º ciclo o computador Magalhães...

Em vez de dar o exemplo e tentar ajudar as famílias a resolver este drama, este governo (de esquerda?), incentiva aquelas famílias que ainda vão podendo pagar a prestação da casa a consumir cada vez mais...

sábado, setembro 20, 2008

Sentimento de revolta

Há vinte e um anos (10 para mim)que lá em casa é assim. Dor, muita dor, revolta, frustração e, sobretudo, muita saudade.
Vinte de Setembro tinha tudo para ser um dia de festa, mas um estúpido acidente tudo mudou. A festa acabou naquele momento. Os anos que se passaram nunca mais foram os mesmos. Este dia é para esquecer...
Até sempre cunhado, onde quer que tu estejas...
A tua irmã sente muito a tua falta. Quem está ao lado dela é disso testemunha.
Hoje, ao chegar a tua casa, encontrei a tua mãe, desfeita, a olhar para o local do acidente. O resto tu imaginas. É muito duro para todos...
 
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