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quinta-feira, julho 26, 2007

Podemos continuar a fechar Escolas?

Distrito está cada vez mais deserto e envelhecido

Os números voltam a traduzir uma realidade preocupante para o distrito de Vila Real. Além de continuar a perder população, o número de idosos também tem vindo a aumentar. Os concelhos de Chaves e de Vila Real são os únicos que contrariam esta tendência, revelam dados do Centro Regional de Segurança Social.


De acordo com dados do Centro Regional de Segurança Social de Vila Real, nos últimos 40 anos, o distrito de Vila Real perdeu 40 mil habitantes, um número que prova que a desertificação é um problema cada vez mais grave e que tem de ser combatido.
No ranking dos municípios mais despovoados estão Boticas e Montalegre, que apresentam uma densidade populacional de apenas 18,7 e 14,9 habitantes por quilómetro quadrado, respectivamente. No entanto, existem alguns concelhos que têm uma média mais positiva. É o caso de Vila Real, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio, que têm 142 habitantes por quilómetro quadrado, estando assim bastante próximos da média do resto da região Norte do país, que é de 175,6. Mesmo assim, os únicos municípios que têm vindo a contrariar a tendência do distrito, ou seja, aqueles que tem ganho população nos últimos vinte anos, são os concelhos de Chaves e de Vila Real. Aliás, Chaves consegue mesmo superar a média de crescimento do Norte do país, que é de 1,9 por cento nos últimos dez anos, enquanto que o município flaviense tem uma taxa de crescimento de 2,2 por cento. Quanto à capital de distrito, nos últimos dez anos, conseguiu captar 1,5% de população. Estas duas cidades também foram as únicas a registar um saldo migratório positivo, que, mesmo assim, não conseguiu contrariar a tendência negativa no resto do distrito.
Para além de poucos, no distrito a população está envelhecida. As estatísticas apresentam uma população cada vez mais idosa, sendo novamente os concelhos de Montalegre e de Boticas que apresentam a média mais preocupante, juntamente com Valpaços.
Os dados, segundo o director da Segurança Social de Vila Real, Rui Santos, provam a necessidade de que “todos os responsáveis” tenham consciência que o “desenvolvimento nacional implica o desenvolvimento de todos e não apenas de algumas partes”. Para minimizar os efeitos da desertificação e do envelhecimento, bem como para apoiar a natalidade, a Segurança Social, só no nosso distrito, gasta uma média de trinta milhões de euros. O número de pessoas que recebe o chamado complemento solidário para idosos, por exemplo, é de 2.500.

Artigo de: Sónia Domingues; no Semanário Transmontano de 27/07/2007
 
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