A cegueira
Às vezes tenho pena de não ter nascido fascista, porra!
Sem exigência, sem rigor, sem avaliação e responsabilização, não vamos a lado nenhum.
Isso está mais do que visto, mesmo os amblíopes o constatam.
Que a esquerda o não veja, ou o não aceite, eis o que me deixa turvada a vista.
Sei que há um trauma com os exames feitos durante a ditadura, onde uma doença súbita significava a perda de ano, onde havia exames no 3.º e 4.º anos de escolaridade, exames de admissão ao liceu, 6.º, 9.º e 11.º anos (antigo 7.º ano) e de aptidão à Universidade. O acesso às Escolas do Magistério Primário era feito através de exames de admissão e o curso, depois de exames a todas as cadeiras do 1.º e 2.º anos, terminava com o exame (final) de estado. Havia provas escritas e orais desde o 3.º ano de escolaridade (1.º grau) e no ensino secundário as dispensas à prova oral eram em regra com um mínimo de 16 valores.
Entre o massacre de exames, cujo objectivo principal parecia ser o de apanhar os alunos em falta, e uma criteriosa selecção para a progressão académica, há um ponto de equilíbrio que é preciso encontrar.
É difícil aceitar que a sociedade dispense os alunos da avaliação que as empresas acabarão por fazer-lhes. E, extrema heresia, intolerável posição reaccionária, não vejo como o País possa julgar o mérito dos professores sem exames nacionais aos seus alunos.
Sem exigência, sem rigor, sem avaliação e responsabilização, não vamos a lado nenhum.
Isso está mais do que visto, mesmo os amblíopes o constatam.
Que a esquerda o não veja, ou o não aceite, eis o que me deixa turvada a vista.
Sei que há um trauma com os exames feitos durante a ditadura, onde uma doença súbita significava a perda de ano, onde havia exames no 3.º e 4.º anos de escolaridade, exames de admissão ao liceu, 6.º, 9.º e 11.º anos (antigo 7.º ano) e de aptidão à Universidade. O acesso às Escolas do Magistério Primário era feito através de exames de admissão e o curso, depois de exames a todas as cadeiras do 1.º e 2.º anos, terminava com o exame (final) de estado. Havia provas escritas e orais desde o 3.º ano de escolaridade (1.º grau) e no ensino secundário as dispensas à prova oral eram em regra com um mínimo de 16 valores.
Entre o massacre de exames, cujo objectivo principal parecia ser o de apanhar os alunos em falta, e uma criteriosa selecção para a progressão académica, há um ponto de equilíbrio que é preciso encontrar.
É difícil aceitar que a sociedade dispense os alunos da avaliação que as empresas acabarão por fazer-lhes. E, extrema heresia, intolerável posição reaccionária, não vejo como o País possa julgar o mérito dos professores sem exames nacionais aos seus alunos.
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