Partiu o Chorão
Julgo que o último “contacto” que
tive com o Chorão foi quando li uma mensagem que me enviou com o título “Partiu
o Almeidinha”.
Nela dava conta que o Grande
Almeidinha, depois de anos de luta, em que se viu mesmo obrigado a deixar o
País para lutar por uma vida melhor, para si e para os seus, tinha partido,
poucas horas depois de regressar a Portugal para uma visita à família.
Agora mesmo, depois de abrir o e-mail,
recebo a notícia da partida do Chorão.
É assim a vida! São assim as
novas tecnologias. Acontece, e a notícia espalha-se, em segundos, com toda a
violência. Sem dó nem piedade. Abrimos o e-mail e está lá tudo. Morreu …
Há tanto ladrão, tanto canalha,
tanto sacana, que quantas mais patifarias fazem parece que mais rejuvenesce….
Por outro lado, há tanto homem
bom que há mínima coisa nos abandona.
O Chorão era um homem bom e um
verdadeiro amigo.
Terá tido uma “morte santa”.
Depois de um jantar com os pais, apanhou o autocarro com destino a casa. Terá
morrido sem um único gemido. Ninguém deu conta de nada! Como não saía do
autocarro, aperceberam-se que tinha morrido.
Adeus Chorão. Morreste na cidade
que adoptaste como tua e por quem tu tanto lutaste. Desde a Associação Académica
de Coimbra à Câmara Municipal, mostra-te sempre disponibilidade e vontade de
ajudar a construir uma cidade melhor.
Não sei o que podemos dizer sobre um homem bom e honesto.
Um abraço do tamanho do mundo.
Até sempre!
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