Grita Liberdade

"Não há lei mais injusta do que a lei da força"

quinta-feira, julho 21, 2011

Até sempre Almeidinha.

O Almeidinha deixou-nos.
Partiu, para sempre, para outras paragens.
O que podemos dizer numa hora destas? Que gostávamos muito dele? Mas isso é tão pouco...
Ficaram, entre todos nós, muitas coisas por dizer ao Almeidinha, mas também muitas cumplicidades. Oh que saudades de todas as nossas conversas, de todas as nossas discussões.
Recordo cada minuto que passei, naquele meu primeiro mês, no Solar da Praça. Recordo a luta que travamos, em defesa da casa da Praça, com o Almeidinha a comandar essa difícil batalha que, contra tudo e contra todos, viemos a ganhar.
O Almeidinha era amigo.
Ontem, depois do debate no Porto, aproveitamos para recordar os tempos passados. Já passava das duas manhã, quando um dos presentes recordou um episódio passado com o Almeidinha, durante as comemorações do centenário da AAC. Rimo-nos tanto...às 5h30m o Almeidinha morreu. Foi um dos presentes no Porto que me deu a notícia. Eram duas da tarde. Eu transmitia aos outros.
Puta de vida. Quando menos esperamos ela troca-nos as voltas.
Adeus Almeidinha. Tu partistes, mas todos aqueles que amam Coimbra, que lá estudaram entre 1984 e 1990, e a sentiram, não vão esquecer o toque da corneta que diariamente saía de uma das janelas da Casa da Praça. Eras tu que a tocava.
Até sempre.

quarta-feira, julho 20, 2011

Zeca afonso

Tudo o que precisas
Para mo pôr a chorar
São letras que eternizas
Quando te pões a cantar.

Tudo o que é puro
Vem pela voz que canta
Mesmo o que, duro,
S’atravessa na garganta.

Beleza esquecida em voz
E guitarra com razão
Que aperta mais nós
À nossa solidão.

Chora baixinho
O que em mim palpita
Ao ouvir que, sozinho,
Um murmúrio grita.
(Natália correia).

terça-feira, julho 19, 2011

Uma nova fase da vida

Hoje, às 10h30m, iniciei uma nova fase da vida.
Vai ser dura, sobretudo durante o primeiro ano, mas muito estimulante.
Estamos preparados.

sábado, julho 16, 2011

Autarquias sã insustentáveis.

A maioria das autarquias, cerca de 86%, registam réfices orçamentais.
Para a Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a SAER, a situação é má e tende a piorar, pois o a despesa aumentou e as receitas diminuiram fortemente. Os Presidentes destas câmaras continuam a assobiar para o lado. Estamos tramados. Assim não vamos lá.

Zeca Afonso - Em Terras de Trás-os-Montes.

Era assim ...
As campanhas de Trás-os-Montes decorreram em Maio/Junho de 75. Ouço Luís Rocha que apenas conhecia pelas imagens do filme …Cerromaior… À medida que se desenrola a nossa conversa passam-me pela memória as emoções provocadas pelo seu cinema: a força das imagens e dos gestos. A secura da opressão no Alentejo. A revolta. Os olhares. Luís Rocha em discurso directo: Partimos no meu carro, eu, o Fanhais e o Zeca eficámos em Bragança integrados nas campanhas de dinamização cultural. Era a operação Maio-Nordeste, creio. Assisti à penetração do MFA no maior feudo do reaccionarismo. Foi uma época única na história daquele ano. Recordo particularmente as minas da Ribeira, sobre as quais vim mais tarde a fazer um filme, situadas entre Coelhoso e Parada. Tratava-se de umas minas, uma coisa sinistra, o mais miserável que algum dia vi, onde se vivia e trabalhava em condições infra-humanas. Os patrões tinham deixado “cair” as minas e os mineiros estavam ali sem saber o que fazer. Os mineiros reivindicavam o trivial: exames médicos que não eram feitos há anos e reforma. Registavam-se casos de silicose em barda. Chegámos ao fim da tarde, e foi o primeiro sítio em Portugal onde verifiquei que o Zeca Afonso não foi reconhecido. Era o MFA que estava presente… entretivemo-nos a conversar sobre as minas e quando nos vinhamos embora, já noite, um mineiro jovem contou-nos a intervenção da PIDE ali. Esse jovem dispôs-se a levar- -nos a uma aldeia onde nos contaram a história da perseguição a um mineiro feita directamente pela PIDE e pelo capataz a pedido do patrão. Eu e o Fanhais “obrigámos” o Zeca a fazer uma canção sobre o acontecimento. Como de costume ele protestou dizendo que “não era capaz de afazer para o dia seguinte”. – Fechámo-lo no quarto e na manhã seguinte tinha feito “Em Terras de Trás-os-Montes”, canção que integrou o seu álbum “Com as Minhas Tamanquinhas – Luís Rocha prossegue a narração da estada junto dos mineiros: No dia seguinte voltámos a reunir com essas pessoas, que acabaram por identificar o Zeca quando ele cantou a Grândola, o Fanhais também cantou, mas a reacção inimaginável foi quando o Zeca cantou perante eles a canção que tinha acabado de fazer sobre a história das minas da Ribeira e sobre a actuação pidesca contra um dos mineiros.
«Em terras de Trás-os-Montes/ Entre Coelhoso e Parada! Uma história verdadeira! Foi ali mesmo contada! Algemado por dois pides/ Na manhã de vinte e três/ Lá vai Manuel Augusto/ Sem mesmo saber porquê/ Com ele vai Marcolino/ Bufo dos dominadores/ Ide às minas da Ribeira! Vereis quem são os Senhores/ etc… Ao ouvirem estas quadras. revela Luís Rocha, desencadeia-se uma tentativa de tomada de poder pelos mineiros. De facto, tentaram autogerir as minas, mas o processo político posterior gorou esses propósitos. Outro episódio a que assistimos, suponho que no concelho de Vinhais, foi uma ocupação de terras por 30 a 40 mulheres que estavam sem trabalho porque o patrão tinha desaparecido. Durante os dez dias em que participámos na campanha o Zeca viveu-os com intensa felicidade. Tenho na memória essa ideia de intensa felicidade, de tal modo que quando regressámos de Moncorvo a Setúbal ele começou a ficar inquieto à medida que nos aproximávamos da sua casa. Tivemos que parar o carro várias vezes porque ele precisava de sair para caminhar um pouco e não disfarçava o seu nervosismo.
Que saudades dos que verdadeiramente lutavam pela liberdade e pelos direitos dos oprimidos!

Estamos quase lá

Entramos na contagem decrescente.
estamos quase lá...
É deixá-los andar. O tempo corre a nosso favor.

segunda-feira, julho 11, 2011

Tudo de acordo com o planeado

Está tudo a correr dentro da normalidade. Atendendo aos tempos de crise, é de estranhar.
Nem o Benfica, não foge à regra. Mesmo quando ganha, o guarda-redes dá o tradicional frango. Ou será perú?
Tenhamos calma. O tempo corre a favor.

segunda-feira, julho 04, 2011

Já falta pouco!

Gosto de os ver felizes.
Afinal, quem se pode sentir bem, quando olha para o lado, e só vê desgraça?
O telefone tocou e o convite surgiu. A recusa, obviamente natural, foi imediata.
A decisão, foi me dito, tinha de ser tomada. Não me perturbei. A história não recorda lambe botas. O convite, foi de seguida, formulado a, pelo menos outra pessoa, que também recusou. Não fiquei surpreendido, pois o seu espaço de manobra era já muito reduzido.
Convidaram o mesmo do costume. Aceitou de imediato. Naturalmente...Pobre coitado...
Também não fiquei surpreendido com a reacção de certas pessoas. Até fizeram constar que, o convite, se devia a influência sua. Pobre coitados ... mas andam satisfeitos e isso é que importa. Nem que seja por meia dúzia de dias. Depois, vão cair na realidade.
 
AVISO: Este blogue não aceita comentários aos textos publicados. Não sendo um órgão de comunicação social, não deve explicações a quem quer que seja, só o visitando quem quer. É um espaço de OPINIÃO onde o autor, devidamente identificado, escreve o que lhe dá na gana, sem ofender quem quer que seja. No entanto, eventuais reações por parte dos leitores, serão tomadas em consideração (devendo para tal, ser enviadas através do e-mail gritaliberdade@sapo.pt), desde que o comentarista esteja devidamente identificado e a sua posição seja considerada de interesse para um debate franco, aberto e leal.