A sociedade Portuguesa está infestada de gente que têm medo de expressar a sua própria opinião. Mas porquê? Pergunta-se.
Porque a sociedade portuguesa é frágil, dependente dos pequenos favores e onde se vive, genericamente, com dificuldades. Por isso, as HUMILHAÇÕES de não se ter opinião própria, dizendo ao “chefe” aquilo que ele gosta de ouvir, são bem menores se comparadas com os favores pessoais de que podem vir a beneficiar.
Têm medo que o “vizinho do lado” saiba qual é sua cor política ou clubista, se é a favor ou contra o aborto, se concorda com a regionalização, ou pelo contrário, se prefere o centralismo de Lisboa, se concorda com a redução das férias judiciais ou se acham que os magistrados têm que ter um período de férias mais alargado que o mais comum dos mortais.
Em épocas de eleições, há pessoas (?) que são vistas nas caravanas ou jantares de apoio aos principais candidatos.
Enfim, há gente que vive diariamente na mentira.
Muitos destes, na vã tentativa de encontrar uma razão de ser para a sua infeliz existência, passam o tempo a caluniar, denegrir ou inventar factos que imputam a terceiros. Manifestam, cegamente, o seu apoio ao líder do bando, mesmo que o líder a quem hoje obedecem , seja amanhã o pior dos demónios e o pior do mundo de hoje seja o líder a bajular amanhã.
Embora desiludindo todos aqueles que não concordam comigo, prometo, com a LIBERDADE e independência que me orgulho de possuir, manifestar AQUI– sempre que o entender pertinente – a minha humilde opinião sobre aquilo que me apetecer.