Grita Liberdade

"Não há lei mais injusta do que a lei da força"

terça-feira, janeiro 06, 2009

A podridão do futebol

O Gabriel, nome fictício, ex-dirigente de um pequeno, mas simpático, clube de futebol cá da região sempre me disse que, quando cumprimentava os árbitros no balneário, o fazia com 10 contos na mão e que nunca teve um árbitro que o recusasse.
Perder, dizia ele, perdiam muito, mas, se assim não fizesse, era sua convicção, que nunca ganhariam.
Perguntei ao Gabriel o porquê de desperdiçar 10 contos por jogo, quando o objectivo da equipa era apenas proporcionar aos jovens da terra a prática do desporto rei. A resposta estava pronta: mesmo a feijões ninguém gosta de perder.

A podridão no mundo do futebol é por todos conhecida. Quem não se recorda da história dos "quinhentinhos"? O certo é que nunca dá em nada.

Vem isto a propósito de um dirigente do Colmeia ter sido apanhado, segundo a imprensa de ontem, em flagrante delito de corrupção desportiva.

O que leva os dirigentes do Colmeia a entrar no jogo sujo da corrupção desportiva, se os objectivos do clube, tal como os do clube do Gabriel, são apenas proporcionar aos jovens da terra a prática do futebol? A resposta parece-me ser a mesma que o Gabriel me deu: ninguém gosta de perder. A não ser que tenha caído numa cilada...

Claro está que este tipo de actuação é condenável e deve ser, a provar-se, severamente sancionada. Mas, há sempre um mas, o que é grave é os dirigentes desportivos terem dela conhecimento e olharem para o lado, fazendo de conta que não vêem.
Esta situação, em que o dirigente do Colmeia se vê envolvido, só vêm a publico porque o MONTALEGRE está em primeiro lugar, à frente do Régua.
O que se passou, no último jogo que o Montalegre disputou fora de casa, foi vergonhoso. Ninguém viu, isto é, os dirigentes da A F de Vila Real não viram, e o Montalegre acabou, depois de estar a ganhar por 2-0, por empatar.
Jogo após jogo, o Montalegre é prejudicado pelas arbitragens.

Esta situação, em que um clube do Concelho de Montalegre se vê envolvido num acto de corrupção, "é ouro sobre azul" nas aspirações do Régua.
 
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